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23 de março de 2013

Enquanto isso na Sala de Justiça.....Avantasia - The Mystery of Time


Avantasia – The Mystery of Time.
Avaliação: nota 8.0
A aventura continua…

                Desde que surgiu a mais de uma década atrás, o Avantasia vem assombrando a todos pela dimensão que foi tomando ao longo destes anos. Seja pelas sensacionais e belíssimas composições de Tobias Sammet para aquilo que começou apenas como um projeto paralelo a sua banda oficial, o Edguy. Ou pelas participações de alguns dos mais importantes nomes do rock pesado mundial ao longo de seus cinco registros oficiais, fora os dois ep’s lançados entre as sagas Metal Opera e Wicked Trilogy.
                E após duas turnês seguidas, que elevaram o Avantasia do estágio de mero projeto para o de uma banda de verdade, parecia enfim que Tobias iria dar um tempo em seus loucos devaneios conceituais. Contudo, quando menos se esperava, todos foram pegos de surpresa pelo anuncio de um novo álbum de estúdio.
                E eis que em pleno 2013, temos nossos ouvidos mais uma vez invadidos por mais um belo trabalho de Mr.Sammet e sua turma.

              Mas a grande indagação que se tinha era como viria este novo trabalho. Qual o direcionamento que seria dado? Será que Tobias iria mais uma vez conseguir se reinventar?
                E para minha surpresa devo dizer que sim. Mais uma vez Tobias conseguiu.
Tobias Sammet
               Talvez não com o mesmo brilho de outrora, mas com uma consciência como compositor que devo admitir, me assombrou bastante. E me assombrou justamente por optar por um caminho digamos mais equilibrado.
                Se isto é bom ou ruim? Sinceramente eu não sei. E com certeza as opiniões se dividirão a respeito, já que é nítido a ausência neste novo trabalho de um daqueles hits “arrasa-quarteirão”, mas não há como negar que isto é o que realmente dá a “Mystery of Time” a diferença sua em relação aos outros álbuns do Avantasia. Numa variação de vocais que vão desde o velho conhecido Michael Kiske na ótima “Where Clock Hands Free”; passando pela volta de Cloudy Yang na bela “Sleepwalking” a talvez mais pop de suas dez faixas; até as “estreias” de Biff Byford (Saxon), Eric Martin (Mr.Big), Joe Lynn Turner ( Rainbow, Deep Purple, Sunstorm) e Ronie Atkins (Pretty Maids) revitalizando quase que por completo o cast da companhia.
Michael Kiske em mais uma participação

Todos perfeitamente em sincronia ao clima do álbum, que não provoca em momento algum aquela sensação de gangorra sonora que às vezes se tinha ao escutar um trabalho do Avantasia, já que ao que parece desta vez Sammet não deu nenhuma ligeira forçada de barra para adaptar a canção ao convidado que a cantaria, estando todos absolutamente aclimatados e imbuídos do espirito do álbum, que pode até de fato deixar de causar surpresa, mas que acabou gerando o mais equilibrado registro do Avantasia até hoje.
Sascha Paeth mais uma vez na produção.
          Fora isto é preciso citar a retorno da guitarra afiada de Bruce Kulick, e a entrada na trupe de Anthony Arjen Lucassen que que conduz a guitarra da faixa “The Watchmaker’s Dream”, além de Russell Gilbrook (Uriah Heep) que assumiu a batera em todas as faixas. Isto sem falar dos velhos conhecidos, Oliver Hartmann também na guitarra e Miro Rodemberg nos teclados. Sem deixar de citar a mais uma vez mega-competente produção do mestre Sascha Paeth.
Cloudy Yang, quase uma "cria" do Avantasia.
Sendo assim o que posso dizer ao final de mais esta resenha, é que ainda que “The Mystery of Time” não configure uma grande surpresa, em momento algum faz feio, mantendo viva tradição do Avantasia, e nos brindando mais uma vez com maravilhosas pequenas pérolas da música, sem surpresas é verdade, as com um equilíbrio invejável.

por José Carlos Sandor






Um comentário:

  1. "TALVEZ" a mais pop? rs É A MAIS POP DE TODAS, sem dúvidas.

    E essa não parece a Cloudy Young não! o.O

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