Avantasia – The
Mystery of Time.
Avaliação: nota 8.0
A aventura continua…
Desde que surgiu
a mais de uma década atrás, o Avantasia vem assombrando a todos pela dimensão
que foi tomando ao longo destes anos. Seja pelas sensacionais e belíssimas
composições de Tobias Sammet para aquilo que começou apenas como um projeto
paralelo a sua banda oficial, o Edguy. Ou pelas participações de alguns dos
mais importantes nomes do rock pesado mundial ao longo de seus cinco registros
oficiais, fora os dois ep’s lançados entre as sagas Metal Opera e Wicked
Trilogy.
E após duas
turnês seguidas, que elevaram o Avantasia do estágio de mero projeto para o de
uma banda de verdade, parecia enfim que Tobias iria dar um tempo em seus loucos
devaneios conceituais. Contudo, quando menos se esperava, todos foram pegos de
surpresa pelo anuncio de um novo álbum de estúdio.
E eis que em
pleno 2013, temos nossos ouvidos mais uma vez invadidos por mais um belo
trabalho de Mr.Sammet e sua turma.
Mas a grande indagação que se tinha era como viria este novo trabalho.
Qual o direcionamento que seria dado? Será que Tobias iria mais uma vez
conseguir se reinventar?
E para minha
surpresa devo dizer que sim. Mais uma vez Tobias conseguiu.
Tobias Sammet |
Talvez não com o
mesmo brilho de outrora, mas com uma consciência como compositor que devo
admitir, me assombrou bastante. E me assombrou justamente por optar por um
caminho digamos mais equilibrado.
Se isto é bom ou
ruim? Sinceramente eu não sei. E com certeza as opiniões se dividirão a
respeito, já que é nítido a ausência neste novo trabalho de um daqueles hits
“arrasa-quarteirão”, mas não há como negar que isto é o que realmente dá a
“Mystery of Time” a diferença sua em relação aos outros álbuns do Avantasia.
Numa variação de vocais que vão desde o velho conhecido Michael Kiske na ótima
“Where Clock Hands Free”; passando pela volta de Cloudy Yang na bela
“Sleepwalking” a talvez mais pop de suas dez faixas; até as “estreias” de Biff
Byford (Saxon), Eric Martin (Mr.Big), Joe Lynn Turner ( Rainbow, Deep Purple,
Sunstorm) e Ronie Atkins (Pretty Maids) revitalizando quase que por completo o cast da companhia.
Sascha Paeth mais uma vez na produção. |
Fora isto é preciso citar a retorno da guitarra
afiada de Bruce Kulick, e a entrada na trupe de Anthony Arjen Lucassen que que
conduz a guitarra da faixa “The Watchmaker’s Dream”, além de Russell Gilbrook
(Uriah Heep) que assumiu a batera em todas as faixas. Isto sem falar dos velhos
conhecidos, Oliver Hartmann também na guitarra e Miro Rodemberg nos teclados. Sem
deixar de citar a mais uma vez mega-competente produção do mestre Sascha Paeth.
Cloudy Yang, quase uma "cria" do Avantasia. |
Sendo assim o que posso dizer ao final de mais esta
resenha, é que ainda que “The Mystery of Time” não configure uma grande
surpresa, em momento algum faz feio, mantendo viva tradição do Avantasia, e nos
brindando mais uma vez com maravilhosas pequenas pérolas da música, sem
surpresas é verdade, as com um equilíbrio invejável.
por José Carlos Sandor
"TALVEZ" a mais pop? rs É A MAIS POP DE TODAS, sem dúvidas.
ResponderExcluirE essa não parece a Cloudy Young não! o.O